FELIPE LEONEL
DA REDAÇÃO
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), desembargador Gilberto Giraldelli, minimizou o atraso na apuração dos votos na noite deste domingo (15), após a realização das eleições nos 141 municípios.
Para o presidente, o atraso não significa retrocesso no sistema eleitoral e comparou com a apuração das eleições nos Estados Unidos da América, que demorou quase 20 dias.
“Não, se você comparar com os Estados Unidos, que é a maior potência mundial, que demora 15 dias a 20 dias para entregar o resultado, eu acho que não é nenhum retrocesso”, disse Giraldelli durante entrevista coletiva, na sede da Justiça Eleitora, na noite de domingo.
Segundo o presidente, a demora ocorreu em razão de os dados estarem sendo enviados para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Como o TSE estava apurando as eleições em mais de 5 mil municípios brasileiros, houve congestionamento dos dados, causando atrasos em todo Brasil.
“No sentido de uma metáfora, é como se tivéssemos aviões voando esperando para poder pousar. A pista estava ocupada, ou seja, tinha muito tráfego, muita remessa de dados ao mesmo tempo. Isso acabou causando essa demora na totalização desses dados”, comparou.
Ainda segundo o presidente do TRE, o mesmo sistema deve ser utilizado no segundo turno, marcado para ocorrer no dia 29 de novembro (domingo). Mas, a decisão de mudar ou não o sistema cabe ao TSE.
“Eu creio que não terá condições de ser mudado, porque quem estabelece isso é o Tribunal Superior Eleitoral”, disse, acrescentando que no segundo turno o número de votos a ser apurado é muito inferior ao do primeiro turno.