RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Três vereadores de Cuiabá prestaram depoimento, na última semana, à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), sobre a denúncia feita pela servidora do Hospital São Benedito Elizabete Maira de Almeida contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), sobre a suposta compra de votos para cassar o mandato do vereador de oposição, Abílio Júnior (PSC), que é alvo de processo na Comissão de Ética na Câmara.
O prefeito também foi intimado pela Polícia Civil para depor. Ele deve escolher uma data após o dia 10 de fevereiro para ser ouvido pelo delegado responsável pelas investigações, José Ricardo Garcia Bruno.
Os parlamentares Jucá do Guaraná (Avante), Ricardo Saad (PSDB) e Chico 2000 (PL) confirmaram que estiveram na delegacia.
Em novembro de 2019, Elizabete denunciou um suposto esquema de compra de votos entre o prefeito e vereadores para cassar o mandato de Abílio Júnior. O fato teria ocorrido durante uma festa na casa do vereador Jucá do Guaraná, no condomínio Belvedere.
No entanto, a servidora teria admitido em depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), no início de janeiro, que teria participado de uma armação contra o prefeito.
Ela teria contado com o apoio do vereador Abílio Júnior e advogados. Eles teriam, segundo a servidora, se encontrado em um hotel um dia antes dela realizar a denúncia contra Emanuel. O advogado de Elizabete, Emerson Marques, confirmou o depoimento dela na Defaz, mas não comentou sobre as declarações devido às investigações ocorrerem em segredo.
Medidas judiciais
Ao ficar sabendo do depoimento desmentindo o caso, o prefeito Emanuel Pinheiro chamou a servidora de “farsante criminosa” e “psicopata”. O emedebista classificou o ato cometido por ela como criminoso, perverso e de pura maldade.
Ele comentou que seus advogados estão tomando medidas cabíveis e afirmou que vai recorrer à Justiça “porque isso aí não vai ficar impune”.
O prefeito falou ainda que já pediu para que a Procuradoria Municipal de Cuiabá (PGM) fizesse um parecer sobre a situação dela e descobriu, extrajudicialmente, que o contrato de Elizabete já expirou e, por isso, será exonerada assim que ela retornar da licença médica.