30 de Setembro de 2021, 11h:22 - A | A

Poderes / OPERAÇÃO COLUSÃO

Veja quais são as empresas e os alvos da PF por suspeita de fraude na Saúde

A estimativa é de que, ao todo, o esquema tenha movimentado R$1.998.983,37

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Três empresas e oito pessoas foram alvos da Operação Colusão, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (30), suspeitos de participação em esquema de fraude na Saúde.

Na lista de investigados estão os ex-secretários de Saúde Luiz Antônio Pôssas de Carvalho (de Cuiabá) e Elizandro de Souza Nascimento (Nova Canaã do Norte), o ex-secretário-adjunto de Gestão de Saúde de Cuiabá João Henrique Paiva, a ex-secretária municipal de Planejamento e Finanças Juliana Martins Rocha, o fiscal de contrato Marcus Vinicius Vitor da Silva, e os servidores Elisandro de Souza Nascimento e Hellen Karoline da Silva. 

Ainda, os empresários Ecio Clayton Vieira Alves e Alexandre Alves Guimarães, este último proprietário da MT Pharmacy Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, que também é alvo da operação. Também são investigadas as empresas Consultores Civitas Ltda e Civitas Consultores Associados.

Leia também - PF aponta expressiva movimentação financeira entre ex-secretário e funcionária de empresa alvo

Dos alvos, a empresa MT Pharmacy já estava na mira do Ministério Público Federal desde outubro de 2020, quando o procurador Carlos Augusto Guarrilha de Aquino Filho passou a investigar dispensas de licitação firmadas pela Prefeitura de Cuiabá no âmbito da pandemia.

Na época, a investigação mirava contratos que somavam R$ 891,7 mil, para entrega de equipamentos de proteção individual e outros itens hospitalares. Agora, de acordo com a Polícia Federal, há indícios de que os materiais tenham sido pagos mas nunca entregues.

A apuração da PF mirou seis processos de compra com dispensa de licitação, que foram analisados por órgãos de controle como a Controladoria Geral da União e o Denasus. Foram constatadas diversas irregularidades, como direcionamento para contratação de uma empresa específica, sobrepreço, fracionamento das compras, além da própria dispensa de licitação firmada de forma irregular.

A PF também apontou que uma empresa fantasma emitiu um orçamento em um dos processos para ajudar na "legalidade" do procedimento e, depois, recebeu mais de R$ 1 milhão de transferência da principal empresa investigada. Também foram constatados pagamentos mensais para um servidor da Saúde de Cuiabá.

Além disso, a PF também apontou que houve uma movimentação financeira estranha em contas relacionadas ao ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho. Segundo as investigações, mais de R$ 1 milhão foram movimentados entre ele e uma funcionária da empresa da qual ele era sócio, mas a mulher não tinha condições financeiras de fazer tais transações. 

A estimativa é de que, ao todo, o esquema tenha movimentado R$1.998.983,37.

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