CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
Réu por, supostamente, liderar esquema de fraude no transporte intermunicipal de Mato Grosso, o empresário Éder Augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes, poderá transitar entre Cuiabá e Brasília (DF) livremente.
A informação consta da decisão da juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que tornou Éder e outros 16 réus pelos casos de corrupção.
Por força das investigações do Gaeco-MT, Éder teve mandado de prisão expedido contra si em maio, e que só foi cumprido no mês de agosto. No dia 16 daquele mês, porém, a juíza revogou a prisão do empresário e determinou o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento. Entretanto, a magistrada havia proibido Éder Pinheiro de deixar Mato Grosso.
Já em decisão do dia 22 de setembro, que veio à tona nesta terça-feira (28), a juíza autorizou o empresário a transitar entre Brasília e Cuiabá. Ela ainda fixou o endereço de Eder Pinheiro em Brasília, na Asa Sul, como endereço onde ele deverá cumprir as medidas impostas.
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Denúncia
Eder Pinheiro responde ao lado do ex-governador Silval Barbosa, do ex-procurador do Estado Chico Lima e outras 14 pessoas por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, impedimento e perturbação à licitação, afastamento de licitantes, e crime contra a economia popular.
Segundo o Ministério Público Estadual, o empresário seria o líder da organização. A denúncia narra que o grupo agia para impedir a implantação de um novo sistema de transporte intermunicipal, inviabilizar um procedimento de licitação que estava em curso e para legitimar a exploração precária do sistema de transporte, que já se arrastava por 20 anos.
O esquema contou com a participação de empresários, servidores, e membros do governo estadual e da Assembleia Legislativa.