SILVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
O ex-senador e empresário em Mato Grosso, Cidinho Santos (PSL), concorda com o ministro da infrestrutura Tarcísio Freitas de que há mais interesses comerciais que ambientais nessa mobilização internacional de ativistas e políticos da esquerda contra a construção da Ferrogrão.
"Não vai ser nenhum dano ao meio ambiente, ao contrário, vai preservar mais o meio ambiente. Com a redução de combustíveis fósseis das milhares de carretas que hoje trafegam na rodovia de mesmo traçado", lamenta o ex-senador lembrando que a Ferrogrão vai passar ao lado da BR-163.
Políticos formam um grupo que vem, em agosto, ao Brasil para contestar a ferrovia a convite da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), ONG que é uma das principais oponentes da Ferrogrão.
Leia mais:
Ministro: Impedimento à Ferrogrão é guerra comercial e política de quem quer lucrar com preços altos
Mauro detona esquerdistas americanos: "Deveriam cuidar do país deles"
Ativistas de esquerda vêm ao Brasil tentar 'enterrar' a Ferrogrão de MT ao Pará
A Ferrogrão é uma ferrovia de 933 km entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), por onde será transportada a maior parte da safra de grãos do Mato Grosso. A previsão do Governo Federal é de lançar o edital para a construção da linha férrea até o final deste ano.
No projeto estadual, com edital foi lançado nesta segunda-feira (19) pelo governador Mauro Mendes (DEM), a ferrovia vai ligar o sul ao norte do estado, de Rondonópolis, passando por Cuiabá e pelas cidades de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
Cidinho critica protestos contra como "intepestiva" e observa que a Ferrogrão vai diminuir o preço do frete, vai jogar as tarifas para baixo, e os produtos regionais ficarão muito mais competitivos.
Para ele, toda essa conversa de desmatamento e invasão das terras indígenas surgiu daí.