CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O presidente da Aprosoja Brasil, produtor rural de Mato Grosso, Antônio Galvan, entrou com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de conseguir acesso ao inquérito no qual é investigado.
Desde agosto Galvan está na mira da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), suspeito de financiar as manifestações que adotaram discurso considerado antidemocrático, acirrado com os atos de 7 de Setembro. Ele chegou a ser alvo de busca e apreensão e foi proibido de participar das manifestações em Brasília (DF).
Ao Supremo, a defesa de Galvan apontou que pediu diversas vezes para ter acesso aos autos, mas os requerimentos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
A defesa do produtor diz, ainda, que é "mais do que cristalino o direito da defesa e do investigado ao livre acesso aos documentos que compõem o caderno investigativo".
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"Infelizmente e apesar de todas as tentativas, a defesa segue a enfrentar um processo Kafkiano, sem acesso ao teor daquilo que consta nessas investigações", diz trecho da reclamação, que afirma que a situação se arrasta há 45 dias.
A reclamação ainda destaca que, mesmo com as acusações girando em torno das manifestações de 7 de setembro, o conteúdo segue inacessível. Por isso, a defesa pediu uma decisão liminar pela liberação imediata dos documentos.
O pedido do produtor ainda não foi analisado.
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