01 de Outubro de 2021, 12h:00 - A | A

Poderes / CHAMOU DE MEDÍOCRE

Mauro critica gestão do PT na educação e questiona sindicatos; "somos o 22º no IDEB"

Debate sobre a educação se acirrou com a decisão do estado de "redimensionar" escolas, que tem sido criticada por sindicalistas

CAMILLA ZENI
DAFFINY DELGADO



O governador Mauro Mendes (DEM) teceu duras críticas contra a gestão petista à frente da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e avaliou que as manifestações contrárias à reorganização escolar promovida pelo Estado se dão por conta de um enxugamento de pessoal que deve ser promovido com a mudança.

Autorizada desde 2020, a reestruturação das gestões escolares tem sido duramente criticada nas últimas semanas, apoiadas nas manifestações do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) e pelos deputados estaduais Lúdio Cabral e Valdir Barranco, ambos do PT, contra o fechamento das escolas.

“Não vou ficar aqui nessa mediocridade de alguns que dominaram a educação em Mato Grosso durante décadas e está aí, ó, nós somos o 22º colocado [no Ideb]. Se fizermos o que essas pessoas querem que nós façamos, nós vamos continuar onde nós sempre estivemos”, avaliou o governador nesta sexta-feira (1º), ao lado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em visita à Escola Estadual Mário de Castro, em Cuiabá.

Mauro ainda destacou que, apesar da pandemia ter gerado prejuízo para a Educação de um modo geral, o Estado tem feito investimentos nas escolas que vão desde a infraestrutura física à adesão de mais tecnologia.

Recentemente, o governador passou a defender que o redimensionamento escolar pode gerar economia ao estado, que deve reverter os valores em mais investimentos para a educação. Ele ainda citou a questão dos contratos de trabalho, que também devem ser reduzidos, já que haverá o fechamento de determinadas escolas.

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“A função da educação não é gerar emprego, a função da educação é entregar um ensino de qualidade para os alunos. Não vou ficar contratando professor só porque o sindicato quer. Não vou manter uma turma com cinco alunos se ela tem que ser com 20 alunos só porque o PT quer, para botar mais gente dele ali dentro, como eles fizeram historicamente”, criticou o gestor.

Apesar da afirmação do governador, há seis anos Mato Grosso não tem petistas comandando a Seduc. Anteriormente, nas gestões de Blairo Maggi e Silval Barbosa, o ex-deputado Ságuas Moraes chegou a assumir o controle da Pasta, entre 2007 e 2010, e 2011 a 2013. A deputada federal Rosa Neide também foi secretária entre 2010 e 2011, e 2013 e 2014. Ambos são filiados ao PT.

Desde então, já passaram pelo comando Permínio Pinto (PSDB), Marco Marrafon (PPS), ambos na gestão do ex-governador Pedro Taques (Solidariedade). Teve, ainda, a ex-secretária Marioneide Kliemaschewsk e o atual gestor, Alan Porto. Sobre os dois últimos, não há informações de filiações partidárias.

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